Iracema Amaral/Estado de Minas
postado em 15/04/2015 08:08
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira a 12; fase da Operação Lava-Jato com o cumprimento de quatro ordens judiciais. Entre elas, a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, da mulher dele e, ainda, da cunhada do petista, por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Vaccari é acusado de receber para o PT um porcentual da diretoria de Serviços da Petrobras na época em que era comandada por Renato Duque, que se encontra preso em Curitiba, no Paraná.A Polícia Federal cumpriu o mandado de condução coercitiva de Giselda Rousie de Lima, esposa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em casa. Geralmente nesse tipo de mandado, a pessoa é levada a uma Superintendência da PF para prestar depoimento.
A Polícia Federal ainda procura a cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, contra quem há um pedido de prisão temporária. Ela é suspeita de ter recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef. Nesta fase da Lava-Jato estão sendo cumpridas quatro ordens judiciais: um mandado de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de prisão temporária e um de condução coercitiva. Todos em São Paulo. Às 10 horas, em entrevista coletiva, em Curitiba, a PF dará detalhes da operação desta quarta-feira.
CPI
No último dia 9, João Vaccari Neto foi ouvido na CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, e disse que todas as denúncias feitas pelos delatores envolvendo o nome dele não são verdadeiras. O tesoureiro do PT é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com denúncias feitas por delatores da Operação Lava-Jato.
Os delatores afirmam que Vaccari intermediou doações de propina em contratos com fornecedores da Petrobras. O dinheiro seria usado para financiar campanhas políticas. Vaccari disse, em contrapartida, aos deputados integrante da CPI da Petrobras, que todas as contas do PT são legais e não possuem irregularidades.
Ratos
Em sessão bastante tumultuada, a CPI da Petrobras, na semana passada, para ouvir Vaccari começou com ratos soltos no plenário por um funcionário da Câmara, que acabou sendo exonerado de cargo na Mesa Diretora da Casa.