Naira Trindade
postado em 19/04/2015 18:37
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) considerou ;precipitação; a iniciativa de partidos políticos de abrirem um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em um fórum em Comandatuba, no sul da Bahia, se demonstrou contrário à tentativa da própria legenda, que encomendou pareceres de juristas sobre a viabilidade de um impedimento motivado pelas pedaladas fiscais, irregularidades das manobras fiscais que governo usou para fechar as contas de 2014.
;Impeachment não pode ser tese. Ou houve razão objetiva ou não houve razão objetiva. E quem diz se é objetiva ou não é a Justiça, a polícia, o tribunal de contas. Os partidos não podem se antecipar a tudo isso, não faz sentido;, disse o ex-presidente. Você não pode fazê-lo fora das regras da democracia, tem que esperar essas regras serem cumpridas. Qualquer outra coisa é precipitação;, declarou, sem especificar a legenda que pretende ingressar com o processo de impeachment.
Fernando Henrique também reagiu as afirmações de que manobras fiscais também aconteceram no governo tucano, entre os anos de 2001 e 2002, comentadas pelo ministro Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral). ;Duvido que tenha havido alguma coisa desta magnitude. Certamente não. E, se foi feito, foi errado. Não justifica o outro;, alegou o ex-presidente no evento que reuniu ex-presidentes latino-americanos.