Por não ver certezas de que houve mentira em um depoimento da cunhada do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari, o juiz da 13; Vara Federal, Sérgio Moro determinou a soltura de Marice Corrêa Lima. A ordem foi dada nesta quinta-feira (23/4).
O Ministério Público apresentou vídeo em que uma mulher faz depósitos em série na conta da mulher de Vaccari, Giselda Lima. Com base nele, afirmou que Marice Lima mentiu ao dizer que não era responsável pelos depósitos, suspeitos de configurarem lavagem de dinheiro. Assim, Sérgio Moro determinou a extensão da prisão temporária de cinco dias da cunhada do ex-tesoureiro.
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Mas a defesa alegou que as imagens exibiam própria Giselda nas imagens. Sérgio Moro determinou que o Ministério Público providenciasse uma perícia para esclarecer a dúvida. O MPF alegou que isso iria demorar e, mesmo que estivesse errado, havia outros indícios que comprovavam a participação de Marice em operações de lavagem de dinheiro.
Entretanto, Moro entendeu que não era possível banalizar as prisões de pessoas que assessoram os supostos chefes dos núcleos criminosos da Operação Lava-Jato. ;A posição deste Juízo tem sido no sentido de evitar a prodigalização da prisão preventiva, reservando a medida mais drástica, a bem da liberdade e da presunção de inocência, aos principais responsáveis pelos esquemas criminosos;, disse o juiz da 13; Vara, no despacho. Nessa linha de raciocínio, os auxiliares do doleiro Alberto Youssef, de Vaccari, dos ex-deputados André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo, dos executivos das empreiteiras foram todos soltos antes da sentença no processo.
Moro afirmou não ter mais ;certeza da correção; de que o vídeo mostra Marice, devido à semelhança com a irmã Giselda, que assumiu a responsabilidade pelos depósitos.