Politica

Bloco de parlamentares começa a se movimentar para confrontar Cunha

Deputados de pelo menos seis partidos se mobilizam para tentar reverter o rumo dos trabalhos na Câmara

Naira Trindade
postado em 28/04/2015 09:50
O ritmo acelerado das votações, as cobranças de presença em plenário e as pautas sem definições prévias ; características que descrevem a maneira de trabalhar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ; vêm incomodando deputados na Câmara. Assistindo a colegas que tiveram salários cortados por ausência em sessões e que desconhecem a íntegra das matérias que estão em discussão no plenário, um grupo começa a se movimentar para confrontar Cunha com o andamento das atividades na Casa.

Eduardo Cunha foi irônico ao comentar a insatisfação dos colegas e perguntou se eles estão

[SAIBAMAIS]Deputados de pelo menos seis partidos se mobilizam para tentar reverter o rumo dos trabalhos na Casa. A tropa de choque ; que, por enquanto, conta com uma dezena de parlamentares ; quer convencer o presidente também a alterar o rito conservador das pautas que são colocadas em apreciação. Composto por integrantes como os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSol-RJ), o grupo afirma que nunca se encontrou para discutir uma eventual mobilização, mas admite compartilhar da insatisfação.



;Ninguém quer fugir do trabalho, mas há um descontentamento com o ritmo que Eduardo Cunha impôs. Tem matérias polêmicas que acabam atropeladas por um trator ligado, que vem rompendo e engolindo tudo;, avaliou Alencar, líder do PSol. Ele compartilha o desejo de que as pautas polêmicas sejam discutidas de uma forma mais tranquila, sem a pressão de serem votadas para que o plenário consiga cumprir uma espécie de meta, ou para, simplesmente, bater recorde no número de projetos apreciados.

Líder do PSD na Câmara, o deputado federal Rogério Rosso (DF) também pondera que é necessário ter ;um pouco mais de cautela; em algumas matérias analisadas em plenário. ;Em meu primeiro mandato pleno, tenho satisfação de poder participar de um bom ritmo de trabalho, ainda mais por ser de Brasília e acompanhar um Congresso que, historicamente, produz pouco. Porém, alguns projetos exigem cautela na aprovação;, disse.

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