Na véspera do Dia do Trabalho, o governo foi mais uma vez bombardeado com uma enxurrada de críticas pela ausência do tradicional pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e televisão por ocasião do 1; de Maio. Os ataques vieram de todos os lados, inclusive do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Sobrou até para o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Para minimizar os danos, Dilma se reuniu com centrais sindicais, em encontro convocado de última hora, criticou a perda de direitos com a ampliação da terceirização e só trouxe como novidade a criação de um fórum de debate. Nesta sexta, o governo divulga três vídeos de Dilma nas redes sociais, um artifício para evitar panelaços. O primeiro vai ao ar entre 7h30 e 8h.
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Descontente com o governo, embora faça parte da base aliada, Renan disse ontem no Congresso que Dilma decidiu não falar por não ter o que dizer, além de temer ser alvo de um novo panelaço, a exemplo do último dia 8, quando apareceu na tevê e no rádio para ressaltar o Dia Internacional da Mulher. ;Nós fizemos a democracia no Brasil para deixar as panelas falarem. As panelas precisam se manifestar. Nós precisamos todos ouvir o que as panelas dizem. O que nós não podemos ter no Brasil é falta do que dizer. Certamente a presidente Dilma não vai falar no dia 1; (de Maio), por não ter o quê dizer;, criticou Calheiros.
Em defesa da presidente, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência Miguel Rossetto, disse que o governo ;não teme panelaços; e tem iniciativas positivas. Apesar de dizer que há propostas para os trabalhadores, a única novidade apresentada ontem aos sindicalistas foi a criação de um Fórum de Debate sobre Políticas de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência, do qual participarão o governo, representantes das centrais, aposentados e empresários. Na mesma reunião, Dilma disse que o governo fará o possível para os trabalhadores não perderem direitos com o projeto da terceirização que tramita no Senado e amplia a prática para atividades-fim (principais).
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