O vice-presidente da República, Michel Temer, fez hoje (4/5) um apelo ao PT e aos partidos da base aliada para que se empenhem na aprovação das medidas de ajuste fiscal que tramitam no Congresso Nacional. Ele disse ter certeza de que toda a base do governo ;estará convencidos e unificada; para que as duas medidas provisórias sejam aprovadas.
Para Michel Temer, o corte de gastos do governo será ;muito radical; caso as propostas não passem pelo Congresso.
Antes de se reunir à tarde com os líderes da base aliada na Câmara e no Senado, Michel Temer convocou os jornalistas para uma entrevista. Segundo ele, as negociações para que as MPs 664 e 665 sejam aprovadas terão êxito esta semana, quando os parlamentares devem apreciar as proposições que alteram as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários.
A MP 665, que aumenta a carência para requerimentos do seguro-desemprego, abono salarial e seguro para pescadores, foi aprovada semana passada e será analisada no plenário da Câmara. Já a MP 664, que altera as regras para o auxílio-doença e pensão por morte, deve ser votada na comissão especial amanhã (5/5).
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;Estou sugerindo ao PT, que tem entrosamento com trabalhadores e centrais sindicais, para que, por inteiro, se dedique à aprovação, assim como os demais partidos da base aliada;, informou o vice-presidente, que, desde o mês passado, acumula a chefia da articulação política do governo.
Temer explicou que, durante as reuniões, tem procurado convencer os empresários e trabalhadores de que a aprovação do ajuste permitirá que o país continue com uma ;economia saudável e forte;.
Segundo Temer, o corte nos gastos do governo, previsto para este mês, deve ser maior caso as medidas não sejam aprovadas. ;Se não houver ajuste, o contingenciamento será muito radical. Se houver ajuste, contingenciamento será muito menor;, previu.
;Tenho certeza que o PT e os partidos da base aliada estarão convencidos e unificados. É importante que haja unidade dos votos em relação à matéria.; Temer ligou para todos os ministros, solicitando que eles conversem com os deputados para que o ajuste seja aprovado. Ele disse esperar que o PMDB vote em peso a favor das propostas. "Estou trabalhando para isso."
De acordo com o vice-presidente, embora não seja possível garantir toda a economia prevista (R$ 18 bilhões para este ano) na edição das medidas, o governo trabalha com o ;ajuste viável nesse momento;. ;As negociações estão em curso. Fizemos muitas reuniões. Os bons resultados devem se concretizar amanhã;, conclui Michel Temer.