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PMDB diz que só apoiará MP do ajuste fiscal se PT também apoiar

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o líder do partido, Eduardo Picciani (PMDB-RJ), se disseram à favor da MP 665, do ajuste fiscal, desde que o PT também apóie

postado em 05/05/2015 15:54
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o líder do partido na Casa, Eduardo Picciani (PMDB-RJ), se disseram favoráveis à Medida Provisória 665, que endurece as regras para a obtenção do seguro-desemprego e do seguro-defeso pago aos pescadores, entre outros benefícios previdenciários. Os dois disseram, porém, que a aprovação está condicionada ao apoio da bancada petista ao projeto.

;Eu sempre defendi o ajuste fiscal, com o objetivo de sinalizar o controle das contas públicas. Hoje estamos, no dia 5 de maio, comemorando 15 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal. E foi um marco na mudança do controle das contas públicas. Então, efetivamente, é um bom dia para a gente sinalizar que a gente quer controlar as contas. Então, eu defendo sim o ajuste fiscal;, disse Eduardo Cunha, logo após anunciar um projeto que melhora a taxa de correção dos recursos do FGTS.

A bancada petista na Câmara está reunida ao longo da tarde desta terça para discutir a Medida Provisória 665, que altera as regras para o seguro-desemprego. Em clima tenso, a reunião teve de ser suspensa e deve ser retomada logo mais, às 16h. Partidos como o Solidariedade, o PSDB, o DEM e o PPS fecharam questão contra a Medida Provisória. Neste momento, sindicalistas da Força Sindical, ligada ao Solidariedade, já ocupam as galerias da Câmara. Desta vez, Cunha permitiu a entrada de sindicalistas mediante a distribuição de senhas, ao contrário do que ocorreu durante a votação do PL 4330/2004, que amplia as possibilidades de terceirização nas empresas.

;O PMDB tem convicção de que é necessário um ajuste fiscal para o país. Mas nós consideramos fundamental que o PT tenha a mesma convicção. Se eles não tiverem essa convicção, certamente vai abalar a nossa;, disse o líder peemedebista Leonardo Picciani. Momentos antes, Eduardo Cunha já havia dito que o PMDB vai acompanhar a posição dos petistas.

;Qual vai ser esse ajuste, qual o conteúdo? Nós não queremos tirar direitos de ninguém, muito menos dos trabalhadores. Então, isso aí é o governo e a sua base que terão de discutir qual vai ser a posição no plenário. A mim como presidente cabe presidir. Vou ter todo o empenho de conduzir a votação com o mesmo rigor regimental;, garantiu Cunha.

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