Jornal Correio Braziliense

Politica

CPI da Petrobras vai a Curitiba ouvir presos da Operação Lava-Jato

Doleiros, empresários e ex-deputados prestarão depoimento

Os ex-deputados André Vargas, Luiz Argolo e Pedro Corrêa serão ouvidos na próxima semana por um grupo de deputados membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A comitiva se deslocará para Curitiba com objetivo de colher os depoimentos de acusados de envolvimento nas fraudes em contratos da Petrobras, investigadas na Operação Lava-Jato. Os três estão presos na carceragem da Polícia Federal.

As oitivas ocorrerão na próxima segunda (11/5) e terça-feiras (12/5). No primeiro dia, estão marcados os depoimentos do doleiro Alberto Youssef, apontado como operador do esquema de pagamento de propina a partidos e agentes políticos, Mário Frederico Mendonça Goes, outro operador do esquema, e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Ceveró.

No mesmo dia serão ouvidos o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiado e apontado como intermediário do PMDB no esquema, Guilherme Esteves de Jesus, operador do esquema. Serão ouvidos também os doleiros Adir Assad e Iara Galdino.

Leia mais notícias em Política


Na terça-feira estão previstas as oitivas da doleira Nelma Kodama, condenada a 18 anos de prisão pela prática de 91 crimes de evasão de divisas, e Rene Luiz Pereira, apontado como o responsável por 698 quilos de cocaína apreendidos em novembro de 2013, em Araraquara (SP), e condenado a 14 anos de prisão.

Prestarão depoimento também os ex-deputados Luiz Argolo, André Vargas e Pedro Correa, além do empresário e doleiro Carlos Habib Chater, dono de um posto de gasolina, em Brasília, que era usado, segundo as investigações, para lavar dinheiro procedente de fraude na Petrobras e que inspirou o nome da operação. Agregada ao posto, havia uma lavanderia de roupas.

De acordo com presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), a permanência da comitiva na capital paranaense poderá ser prorrogada caso os dois dias inicialmente marcados não sejam suficientes para ouvir todos os envolvidos na Operação Lava Jato.