postado em 07/05/2015 22:49
A presidenta Dilma Rousseff elogiou a atitude da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que foi ameaçada e disse ter sido vítima de violência durante votação no plenário da Câmara nessa quarta-feira (6). Por meio do Twitter, a presidenta prestou solidariedade à deputada e disse que, ao expor suas ideias na noite de ontem, Jandira foi ameaçada.No momento em que os parlamentares pediam intervenções para que discutissem a Medida Provisória 665, que aumenta o rigor para a concessão de benefícios como o seguro-desemprego, a deputada disse ter sido agredida fisicamente pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP). Logo depois, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) disse, em referência a Jandira: ;Quem bate como homem deve apanhar como homem;.
;A política fica menor ; com p minúsculo ; quando é praticada com base no sexismo e no machismo;, opinou Dilma. Mencionando o perfil da deputada no Twitter, ela disse: ;você só engrandece a luta das mulheres na política brasileira. Avante, com força e fé;. E utilizou uma hashtag, sinal utilizado para classificar expressões na rede social, para dizer: ;#JandiraMeRepresenta;.
Após o ocorrido, a deputada se manifestou, pelo facebook, dizendo que irá acionar judicialmente Alberto Fraga pela ;apologia inaceitável; à violência. ;Esta medida já está sendo encaminhada. Minha trajetória é reta, ética e coerente dentro da política desde quando me tornei uma pessoa pública, na década de 80. Não baixarei a cabeça para nenhum machista violento que acha correto destilar seu ódio. A Justiça cuidará disto. E ela, sim, pesará sua mão;, escreveu a deputada.
Também posteriormente às discussões, Alberto Fraga disse que utilizou a expressão ;apanhar no sentido político, no debate das ideias;. ;Reafirmo uma postura que tem permeado minha vida pública e privada: não defendo e jamais defendi a violência contra a mulher ou contra qualquer pessoa;, explicou.
Roberto Freire, igualmente por meio do Facebook, disse que o contato físico ocorreu durante ;ríspido embate verbal; e em meio ao seu pronunciamento. ;A deputada Jandira Feghali tentou me impedir de continuar falando, colocando sua mão à frente do meu rosto. Segurei seu braço, para que meu direito de me expressar não fosse cerceado. Se o fiz com força acima do aceitável, pedi de imediato desculpas a ela, inclusive da Tribuna da Câmara;, disse.