Paulo de Tarso Lyra
postado em 09/05/2015 08:03
A votação da Medida Provisória 665 ; que altera regras para o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial ; na Câmara provocou reações contraditórias do governo em relação a dois aliados históricos que andam estremecidos no contato com o Palácio do Planalto. O PDT, que tem o Ministério do Trabalho e não deu voto sequer a favor da MP, deve perder a pasta tão logo as demais propostas do ajuste sejam apreciadas pelo Congresso. Já o PSB, rompido com o PT desde que o ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto do ano passado, lançou-se candidato a presidente, voltou a ser cortejado pelos palacianos, animados com os sete votos favoráveis recebidos dos socialistas na análise da MP 665.Leia mais notícias em Política
[SAIBAMAIS]Curiosamente, o mesmo interlocutor tem atuado nas duas frentes: o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Na noite de terça-feira, quando o texto começou a ser debatido no plenário ; a votação só foi iniciada, de fato, na quarta ;, Guimarães vinha se estranhando com os pedetistas, que criticavam o arrocho proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. No dia da votação do texto-base, ao ver que nenhum dos 19 deputados pedetistas apoiaram o Planalto, Guimarães anunciou que a ;votação poderia provocar mudanças, inclusive, no primeiro escalão do governo;. Na quinta, novo ataque. ;O que vai ocorrer com o PDT eu não sei. Só sei que base tem que ser base de manhã, de tarde e de noite;, cobrou.
No mesmo momento, o líder do PDT na Casa, André Figueiredo (CE), reagiu. ;Se quiserem que sejam entregues quaisquer funções que nós ocupamos na Esplanada dos Ministérios, entregaremos de bom grado. Mas, trair nossos princípios, nunca;, ameaçou. Há duas semanas, em um evento interno, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, acusou o PT de ;roubar demais; e anunciou que a legenda entregaria os cargos.
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