Paulo de Tarso Lyra, Naira Trindade
postado em 12/05/2015 09:00
Na véspera da sabatina do advogado Luiz Edson Fachin à cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o Planalto se mobilizou para tentar impedir uma possível derrota no Senado. Logo após cancelar a agenda oficial para acompanhar o velório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), em Joinville, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para convidar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros parlamentares para viajarem ao lado dela, no avião presidencial, e conversarem a respeito. Outro apelo veio do ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, ao afirmar que o ;governo tem confiança no Senado e no bom senso dos senadores;.[SAIBAMAIS]O movimento em prol de Fachin tenta conter uma possível rebelião da base aliada, com o aval da oposição no escrutínio, hoje, na Comissão de Constituição e Justiça, após denúncias de que o jurista advogou privadamente para o Estado enquanto procurador do Paraná e ainda teria recebido honorários. No sábado, o Correio revelou que Fachin atuou como advogado para a Companhia de Energia do Paraná (Copel) ao mesmo tempo em que era procurador, cuja função era defender o governo paranaense. Em resposta, Fachin ele limitou a admitir que havia trabalhado para a empresa e que se tratava de uma sociedade de economia mista, apesar de o Estado ter 31% das ações.
No voo para Joinville, Dilma levou não só Renan Calheiros, como os senadores Blairo Maggi (PR-MT); Valdir Raupp (PMDB-RO); Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); Delcídio Amaral (PT-MS); Gleisi Hoffman (PT-PR); Sandra Braga (PMDB-AM), o marido dela, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga; além dos ministros da Agricultura, Katia Abreu; das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e Ideli Salvatti. A maioria dos senadores voltou em outro avião, longe de Dilma. Porém, a presidente fez questão da presença de Renan na aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) presidencial nos dois trechos da viagem.
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