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Relator da reforma política mantém redução do mandato de senador em 5 anos

"Fui acusado de que estaria dificultando a aprovação da reforma política, que estava intransigente e que o Senado não iria aceitar o mandato de cinco anos%u201D, disse Marcelo Castro

postado em 15/05/2015 21:58
O relator da reforma política na comissão especial da Câmara, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), desistiu nesta sexta-feira (15/5) de aumentar o mandato dos senadores dos oito anos atuais para dez anos. Inicialmente, no relatório apresentado na terça-feira (12/5) à comissão, Castro havia proposto mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos, de vereador a presidente da Republica e voltou a esse prazo no seu texto.

O relator justificou a mudança para dez anos com o argumento de que não queria dificultar a votação da reforma política. ;Fui acusado de que estaria dificultando a aprovação da reforma política, que estava intransigente e que o Senado não iria aceitar o mandato de cinco anos;, disse Marcelo Castro.

Devido às pressões e críticas que recebeu de ontem para hoje por ter mudado seu parecer para aumentar o mandato dos senadores para dez anos, Marcelo Castro recuou e manteve a proposta original, com o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos.


;Foram tantas pancadas de ontem para hoje, todo mundo me crucificando. Então, por que eu vou pagar um preço por uma coisa que eu acho errada? Acho que o mandato deveria ser igual para todo mundo. Cinco anos é um mandato absolutamente razoável para todos os níveis;, disse o relator da reforma política. ;Se os senadores querem [dez anos] que eles proponham. Eu não quero esse desgaste para mim;, acrescentou.

Até o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou a afirmar que a Câmara deveria deixar que o Senado cuidasse da decisão sobre o tamanho do mandato dos senadores. Cunha informou que irá se dedicar na próxima semana à articulação em torno da proposta de reforma política para buscar algum consenso para que a matéria possa ser aprovada na Câmara.

A votação do parecer do deputado Marcelo Castro, que deveria ter começado ontem (14) na comissão especial, em função do pedido de vista coletivo do parecer, foi transferida para terça-feira da próxima semana. A promessa do presidente da Câmara é iniciar a votação da reforma política no plenário da Casa no próximo dia 26 de maio.

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