Brasília e Curitiba ; Uma tentativa de aprovar a exumação do corpo do ex-deputado José Janene (PP-PR) causou confusão na CPI da Petrobras ontem. Após anunciar a intenção de e alegar que a própria viúva suspeitava que o ex-marido ainda estivesse vivo, o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), foi desmentido e recuou. Ele disse que tinha o compromisso de apresentar um requerimento de exumação do corpo e, no início da noite, a assessoria dele chegou a informar ao Correio que havia votos suficientes para aprovar o pedido na comissão. ;Eu vou protocolar o requerimento, pois me comprometi com essa exumação;, garantiu. Após a negativa de Stael Fernanda Janene, o presidente decidiu primeiro ouvir a viúva, para depois avaliar uma eventual exumação: ;Não queremos aqui agredir a memória ou os familiares de ninguém;.
O ex-parlamentar foi réu no mensalão e, segundo a Lava-Jato, destinatário de propinas de desvios na Petrobras. Mas não forjou a própria morte, assegurou Stael. ;Fui eu mesma em companhia de meus filhos e das filhas dele, que recebi seu corpo na mesquita muçulmana aqui em Londrina;, disse ela, em nota ontem. Antes disso, Motta dissera: ;A própria viúva não tem certeza se o senhor Janene morreu. O caixão apareceu lacrado e ninguém o teria visto morto;. Motta chegou a dizer ter informações de que Janene estaria na América Central.
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[SAIBAMAIS]Ao contrário, Stael disse que, por ser islâmico, Janene não utilizou caixão. Ela afirmou que a imprensa local e nacional acompanharam o enterro do ex-líder do PP na Câmara. Stael pediu que a exumação não seja feita pois seria uma ;maldade desumana; e ;despropositada para fins políticos;. O advogado da viúva, Luís Gustavo Flores, disse ao Correio que a exumação serviria para ;tirar a atenção;, mas sequer vai acontecer pois a morte foi atestada pelo Instituto do Coração (Incor). Segundo o hospital, Janene tinha ;insuficiência cardíaca congestiva grave; e morreu à 0h25 de 14 de setembro de 2010. ;Isso tira a credibilidade da CPI;, avaliou Flores.
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