Jornal Correio Braziliense

Politica

Executivo da Engevix fica em silêncio e é dispensado da CPI da Petrobras

Denunciado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro e corrupção, Almada está em prisão domiciliar e afirmou ter demonstrado o interesse em colaborar com as investigações



Após Almada informar a decisão de não falar, o relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ), pediu a dispensa do executivo e foi atendido pelo presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB). A saída de Almada provocou polêmica entre os deputados.

Vários parlamentares manifestaram desagrado com a dispensa e avaliaram que Almada deveria ter permanecido ouvindo as peguntas, mesmo que se recusasse a responder. Houve também manifestações de apoio ao presidente da CPI.

Hugo Motta respondeu às críticas e disse que é preciso dar celeridade à comissão e não dedicar horas a quem não pretende responder questionamentos dos parlamentares. ;Teoricamente teríamos mais um mês de funcionamento e já pedi prorrogação do prazo. Queremos dar agilidade e produtividade aos trabalhos. Convivo bem com as críticas, mas tenho de fazer a CPI funcionar, partir para a acareação, para investigação que contribuia com nosso trabalho. Se ficarmos mantendo a CPI como palco político, não chegaremos a lugar algum;, explicou.

;Não estou aqui protegendo ninguém, mas investigando com transparência, respeitando a democracia. Não posso ser vítima de acusações quando, na verdade, quero fazer a CPI produzir.;

A previsão era que o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, também fosse ouvido hoje na CPI da Petrobras, mas, a pedido do advogado de defesa, o depoimento foi adiado para 26 de maio. Na justificativa, o advogado informou que tinha compromisso agendado anteriormente e não poderia acompanhar o cliente.