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Justiça abre 1ª ação civil contra empreiteira investigada na Lava-Jato

Em defesa encaminhada ao processo, a Engevix argumentou que não tinha conhecimento de que os recursos pagos às empresas operadas pelo doleiro Alberto Youssef eram destinados a políticos

postado em 28/05/2015 20:37
A Justiça Federal em Curitiba abriu hoje (28) ação civil contra a empreiteira Engevix e os seis investigados na Operação Lava-Jato por improbidade administrativa. A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) para cobrar R$ 38,4 milhões pelos supostos desvios de recursos em contratos da Petrobras. É a primeira ação civil aberta contra empresas investigadas.

Na decisão, a juíza Gisele Lemke, titular da 2; Vara Federal de Curitiba, entendeu que as imputações mínimas para o prosseguimento da ação justificam a abertura da ação cível, que tramita paralelamente às ações penais comandadas pelo juiz federal Sérgio Moro.

;Conforme precedentes jurisprudenciais, em se tratando de ação civil pública, basta que o autor faça uma descrição genérica dos fatos e imputações dos réus, sem necessidade de descrever em minúcias os comportamentos e as sanções devidas a cada agente;, decidiu a juíza.

Em defesa encaminhada ao processo, a Engevix argumentou que não tinha conhecimento de que os recursos pagos às empresas operadas pelo doleiro Alberto Youssef eram destinados a políticos.

Os advogados também afirmaram que não houve dano ao erário, porque a acusação não apontou que os valores eram oriundos de desvios da estatal.

A força-tarefa que atua nas investigações da Operação Lava-Jato já conseguiu bloquear na Justiça quase R$ 1 bilhão de quatro empreiteiras acusadas de desviar recursos da Petrobras.



Até o momento, além do bloqueio de 153,9 milhões, da Engevix, o MPF também já conseguiu decisões favoráveis na esfera civil contra a Galvão Engenharia (302,5 milhões) e Camargo Corrêa (241,5 milhões).

O cálculo dos valores é baseado em depoimentos de delação premiada de investigados, além de multa civil de três vezes o valor do desvios. Segundo os delatores, o pagamento de propina correspondia a 1% dos contratos assinados com a Petrobras.

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