Paulo de Tarso Lyra
postado em 08/06/2015 06:00

Até nisso governo e partido mostram descompasso. Para alguns auxiliares diretos da presidente, o PT erra ao marcar um Congresso para este momento. Para eles, os temas que afligem a legenda e o Planalto poderiam ser discutidos em uma executiva da legenda. Mas foram os integrantes da Executiva que insistiram na realização do Congresso, segundo um petista próximo à presidente.
Ex-chefe da Casa Civil e uma das principais defensoras da presidente Dilma no Congresso, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acha que os parlamentares petistas já deram a sua cota de sacrifício ao aprovar as medidas de ajuste fiscal encaminhadas pelo ministro Joaquim Levy. ;É natural que tenhamos divergências. Governo é uma coisa e partido é outra coisa. O partido sempre tem a obrigação de estar à frente dos governos, por serem mais dinâmicos.;
Gleisi, contudo, disse que, apesar das discordâncias, o PT não pode deixar que a essência do ajuste fiscal seja alterada, pois, segundo ela, a arrumação da casa será essencial para o governo Dilma retomar a agenda do crescimento e das conquistas sociais. Uma das principais tendências do partido, a Mensagem, da qual fazem partes nomes como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro, pensa diferente. O grupo defende uma mudança profunda na política econômica, o que, em tese, esvazia a autoridade do atual comandante da Fazenda.
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