Paulo de Tarso Lyra
postado em 13/06/2015 08:55
Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff pedir aos participantes do 5; Congresso Nacional do PT que o ;partido e o governo estejam juntos neste momento;, a realidade mostrou que essa parceria não será simples nem mesmo nos debates em que o Planalto esteja alinhado com a legenda. Assegurando ter o aval de Dilma e de boa parte dos governadores, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, propôs a retomada de um imposto para financiar a saúde, nos moldes da CPMF, mas poupando a classe média e incidindo em movimentações financeiras elevadas. Acabou rechaçado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. ;Não há perspectiva, não estou cogitando;, cravou Levy, após encontro em São Paulo.No mesmo dia em que Dilma, durante entrevista ao Programa do Jô, afirmou que o país passa por ;uma crise econômica, mas não está doente;, Chioro afirmou que a nova CPMF teria algumas diferenças em relação ao modelo anterior de cobrança. O primeiro deles é que os recursos seriam divididos entre a União, estados e municípios. O segundo é que não impactaria em todos os contribuintes. ;A ideia é tirar da cobrança amplos setores da classe média. Não vai ter mais CPMF do jeito que era.; Ciente de que a proposta enfrenta resistências ferrenhas no Congresso, o governo tenta construir um consenso com os governadores para superar obstáculos. ;Os governadores também estão desesperados. A gente precisa ter uma convergência;, disse o ministro. Em nota, o Ministério da Saúde desmentiu Chioro e disse que ;o governo federal não trabalha com nenhum modelo novo de financiamento;.
Convergência que ele não conseguiu sequer na própria pasta. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o tema do financiamento da saúde é ;histórico e essencial para a sustentabilidade do SUS;, mas que o governo não trabalha com nenhum modelo novo. A pasta destacou também que 70% da população usam o SUS. Sobre a CPMF, a nota afirma que a pasta acompanha os debates sobre o tema, tanto na sociedade civil, quanto com prefeitos e governadores. ;Não há, no âmbito do governo federal ; o que abrange a equipe econômica ;, nenhuma discussão em curso sobre o tema;, disse.
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