Politica

Senadores vão a Caracas em vôo comercial visitar presos políticos

Avião da FAB não recebeu autorização para pousar na Venezuela

postado em 16/06/2015 14:52
Com o silêncio do governo venezuelano sobre a autorização para que um avião de Força Aérea Brasileira (FAB) pouse, na próxima quinta-feira (18/6), com uma comitiva de senadores brasileiros, no aeroporto de Caracas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (16/6) que o grupo irá ao país em um avião comercial. A autorização, que ainda está sem resposta, foi solicitada na última sexta-feira (12/6) pela FAB, após pedido da Mesa do Senado.

"A resposta não chegou, mas há muito rumor porque a disposição dos senadores é ir em avião de carreira. [O ministro da Defesa Jaques] Wagner me disse que não tem uma posição definitiva da Venezuela, mas esta também é uma questão resolvida a partir da decisão dos senadores", disse.

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Na avaliação do presidente do Senado, "o fato da FAB não ter respondido" não deixa de ser entendido como uma negativa, no entanto, para ele, o assunto não provoca qualquer crise entre os dois países. A comitiva de senadores pretende visitar presos políticos daquele país, como Leopoldo Lopez (líder do partido Vontade Popular), o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma e o ex-prefeito de San Cristobal, Daniel Ceballos. Todos fazem oposição ao presidente do país, Nicolás Maduro.

Diante da polêmica em torno do assunto, o ministro da Defesa, Jacques Wagner, esteve pessoalmente na manhã de hoje no Senado para se reunir com o presidente da Casa. Wagner negou que o pedido tenha sido oficialmente negado e disse que autoridades brasileiras conversaram com as venezuelanas.

"Aquilo lá é um outro país, o embaixador do Brasil na Venezuela sabe, já falou, evidentemente que o governo da Venezuela é soberano para isso, o adido militar lá já foi falar com a contraparte, agora eles é que tem que emitir a autorização", disse.

Jacques Wagner esclareceu ainda que qualquer avião da FAB pra sair daqui e ir a qualquer lugar, tem de pedir ordem de passagem pelo espaço aéreo e ordem de pouso. "Não é verdade que tenha sido negado [a entrada de] nenhum avião. O presidente Renan sabe disso, o presidente Aloysio Nunes [presidente da Comissão de Assuntos Exteriores] também sabe disso. Todos dois acompanharam tudo", ressaltou.

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