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Itamaraty: atos contra comitiva brasileira na Venezuela são "inaceitáveis"

Em nota, o governo brasileiro lamentou o incidente ocorrido nesta quinta-feira (18/6) contra a comitiva que levava senadores

postado em 19/06/2015 00:20
Em nota na noite desta quinta-feira (18/6), o Itamaraty lamentou o episódio ocorrido contra a comitiva brasileira na Venezuela. "São inaceitáveis os atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros", disse o documento. No trajeto entre o terminal do aeroporto e a rodovia que levaria senadores ao presídio Ramo Verde, em Caracas, a comitiva foi atacada por um grupo de manifestantes contrários à presença dos parlamentares.

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[SAIBAMAIS]Por telefone, o senador Ronaldo Caiado (DEM) contou que a comitiva de senadores que viajou à Venezuela ficou sitiada. ;Manifestantes pró-governo venezuelano estão obstruindo toda a pista. É realmente de uma petulância e prepotência. Pior que qualquer ditadura da África;, contou. Segundo ele, foram arremessadas pedras no ônibus dos políticos.

Ainda em nota, o governo brasileiro disse que que cedeu a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte dos senadores e prestou apoio à missão, e garantiu que recebeu do governo venezuelano "garantia de custódia policial para a delegação durante sua estada no país, o que foi feito." O Itamaraty acrescentou que "à luz das tradicionais relações de amizade entre os dois países, solicitará ao Governo venezuelano, pelos canais diplomáticos, os devidos esclarecimentos sobre o ocorrido.".

Após enfrentar bloqueios e protestos, a comitiva decidiu voltar para o Brasil na noite de hoje. A informação foi confirmada pela assessoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG). ;Voltamos para o aeroporto", mostrou a mensagem postada no perfil do tucano pouco antes de embarcarem. Os parlamentares brasileiros foram ao país vizinho para fazer um gesto de solidariedade aos oposicionistas do governo de Nicolás Maduro que estão presos.

Aécio e o colega senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) usaram as redes sociais para relatar as . ;Tentamos ir para a penitenciária novamente. Mas o trânsito, ainda sob influência dos bloqueios, tornou impossível;, disse o tucano de Minas. Pouco antes, Nunes afirmou que os parlamentares foram obrigados a voltar para o aeroporto. ;O túnel que dá acesso ao presídio está fechado. Motivo? Está sendo lavado. Isso impediu, de novo, nossa viagem. Voltamos ao aeroporto;, publicou em seu perfil no Twitter.

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