postado em 19/06/2015 09:59
Alvo da 14; fase da Operação Lava Jato, a construtora Odebrecht ; cujo dono e presidente, Marcelo Odebrecht, e diretores foram presos hoje (19) pela Polícia Federal, considerou a ação ;desnecessária;. Já a Andrade Gutierrez negou qualquer relação com o esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras, investigado pela operação.Em nota, a Odebrecht informou que ;sempre esteve à disposição das autoridades; e confirmou que foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em escritórios da empresa em São Paulo e no Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira. ;Como é de conhecimento público, a CNO [Construtora Norberto Odebrecht] entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações;, diz trecho da nota divulgada pela assessoria da empreiteira.
[SAIBAMAIS]Também em nota, a Andrade Gutierrez disse estar prestando ;todo o apoio necessário; aos seus executivos presos. ;A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes;, diz nota da empreiteira.
Ao todo, agentes da Polícia Federal estão cumprido 59 mandados judiciais nos estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, sendo 38 de busca e apreensão, nove mandados de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.
O nome Erga Omnes é uma expressão latina usada no meio jurídico para indicar que os efeitos de algum ato ou lei atingem todos os indivíduos e é uma referencia ao fato de as investigações terem atingido, nesta 14; etapa, as duas maiores empreiteiras do país: Odebrecht e Andrade Gutierrez, que, até então, não haviam sido alvos da Lava Jato.
Deflagrada em março do ano passado, a operação Lava Jato desbaratou um esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras para pagamento de propina a agentes públicos e privados. Com o desenrolar das investigações, também foram identificadas práticas ilícitas semelhantes em contratos de publicidades do Ministério da Saúde e da caixa Econômica Federal.