Após congelarem o painel de presenças ontem, a Mesa Diretora do Senado voltou atrás e exigiu o registro nominal dos parlamentares para a votação na sessão ordinária de hoje. A decisão de congelamento do painel se deu na terça-feira (23), quando uma reunião entre líderes partidários resolveu manter o plenário aberto desde a sessão do dia 23, de modo que o quórum de 68 presentes valesse para as votações desta quinta.
A decisão causou revolta entre parlamentares presentes no plenário. O senador Reguffe (PDT-DF), que não faltou a nenhuma sessão até agora desde que assumiu o mandato em fevereiro, foi um dos mais exaltados. Durante a sessão de terça, ele disse que se tratava de um absurdo: "Isso é algo que não havia acontecido em nenhum momento desde que cheguei ao Senado;.
[SAIBAMAIS]Hoje, após o fim da sessão ordinária que contou com a presença de 44 senadores ; o mínimo para que a sessão ordinária seja iniciada é 41 ;, Reguffe comemorou a decisão da Mesa Diretora da Casa. ;A presença nas sessões nada mais é do que a obrigação dos parlamentares. É óbvio que um mandato não se resume a estar presente nas sessões, mas isso é o mínimo que a população espera de nós;, completou.
O congelamento ocorreu pela primeira vez este ano no Senado devido à ausência ;justificada; de quase metade dos parlamentares. Uma parte viajou para as bases eleitorais, especialmente no Nordeste, por conta das festividades juninas.
A medida em votação no Senado teria como intuito garantir a votação de acordos bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, já que no próximo domingo a presidente Dilma Rousseff fará uma viagem oficial para se encontrar com o presidente norte-americano, Barack Obama. Hoje era o último dia para os tratados serem analisados pela Casa. Os três acordos colocados em pauta foram aprovados.