Politica

Presidente Dilma Rousseff cumpre agenda no exterior e tenta se reinventar

Em busca de investidores que ajudem a tirar o Brasil da crise, Dilma precisa dissipar a imagem de má gestora e se desvencilhar da Lava-Jato

postado em 28/06/2015 08:00
Em busca de investidores que ajudem a tirar o Brasil da crise, Dilma precisa dissipar a imagem de má gestora e se desvencilhar da Lava-Jato

A presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem com uma comitiva de ministros nos Estados Unidos, onde ficará até quarta-feira, em busca de investimentos que ajudem o Brasil a contornar a crise econômica, acentuada desde o fim das eleições do ano passado. O encontro com o presidente Barack Obama também pretende retomar o diálogo entre os países, depois de Dilma cancelar viagem à terra de Tio Sam em 2013, por causa de denúncias de que os EUA estavam espionado autoridades e estatais brasileiras. Entretanto, mais do que criar oportunidades de negócios, a presidente terá que se explicar. Diferentemente de 2013, quando os números jogavam a favor do Brasil, agora, ela precisa convencer os americanos de que, apesar da crise, vale a pena apostar no país. Para complicar, além de justificar a alta inflação, desemprego baixo e rejeição recorde, Dilma terá o desafio de esclarecer as denúncias de caixa dois em sua campanha feitas por um dos delatores da Operação Lava-Jato, que investiga corrupção na Petrobras.

Em delação premiada à Procuradoria-Geral da República ; homologada na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, detalhou que repassou R$ 7,5 milhões à campanha de reeleição de Dilma Rousseff. Na lista do empreiteiro, constam ainda doações à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e a políticos, como os senadores Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Não bastassem os escândalos, a rejeição ao governo Dilma deu um salto, de 22%, em agosto de 2013, para 65% este mês, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada há duas semanas.

Indicadores
Se, no cenário político, Dilma, enfrenta situação delicada, o panorama econômico está longe de ser animador. Em outubro de 2013, quando a petista decidiu adiar a visita aos EUA, o Brasil tinha taxa de desemprego de 5,2%, contra 6,7% anunciados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação estava sob controle. Em outubro de 2013, o acumulado de 12 meses do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado uma prévia da inflação oficial, era de 5,84%. O mesmo índice já alcançou 8,47% em maio, acima do teto da meta para 2015, de 6,5%.

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