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Empreiteiras investigadas na Lava-Jato recebem verbas bilionárias

As empresas tocam vários tipos de obras, desde ferrovias até a implantação de um estaleiro naval para a construção de submarinos nucleares

Marcelo da Fonseca/Estado de Minas
postado em 29/06/2015 06:10
Marcelo Odebrecht: construtora assumiu o topo de repasses das empreiteiras em 2012, com R$ 1,13 bilhão
Belo Horizonte ; Com lugar garantido entre as empresas que mais recebem repasses do governo federal, as maiores empreiteiras do Brasil movimentaram nos últimos 10 anos um mercado bilionário para a execução de obras de infraestrutura. Levantamento feito no Portal da Transparência, com base nos repasses da União para o setor privado desde 2006, mostra que a Construtora Norberto Odebrecht assumiu o topo do ranking das empreiteiras que mais obtêm repasses federais em 2012, com R$ 1,13 bilhão. Desde então, não saiu mais da primeira colocação.

[SAIBAMAIS]A empreiteira tomou, em 2012, o lugar da Delta Construções, justamente no ano em que foi deflagrada a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que investigou o envolvimento da empresa em esquema de corrupção do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Nos cinco primeiros meses de 2015, as duas construtoras que foram alvo da 14; etapa da operação Lava-jato, Odebrecht e Andrade Gutierrez, receberam R$ 219 milhões da União.



As empresas tocam vários tipos de obras, desde ferrovias até a implantação de um estaleiro naval para a construção de submarinos nucleares. O montante repassado para a Odebrecht atingiu R$197,5 milhões, sendo a maior parte gastos do Ministério da Defesa, destinados à construção da base naval em Itaguaí, no litoral fluminense.

A Andrade Gutierrez recebeu, até junho, R$ 21,5 milhões para a construção da ferrovia de integração Leste-Oeste, empreendimento que ligará o município de Ilhéus até Caetité, na Bahia. Os recursos envolvem a execução de obras de engenharia e serviços como desapropriações, garantias ambientais e ações de preservação de sítios arqueológicos. A obra foi planejada para proporcionar uma via de escoamento para a produção da região e integrar o transporte ferroviário com outros modais.

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