Eduardo Militão
postado em 29/06/2015 19:46
O Ministério Público Federal vai fazer uma inspeção no Complexo Penitenciário da Papuda para embasar um relatório às autoridades italianas e convencerem-nas a extraditar o réu condenado no mensalão Henrique Pizzolato. O Ministério da Justiça italiano quer atualizasse informações sobre as unidades prisionais de Brasília e de Santa Catarina, onde o acusado de corrupção deverá ficar cumprir pena.Leia mais notícias em Política
Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Pizzolato fugiu do país em 2013 após ser condenado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério da Justiça da Itália liberou sua extradição duas vezes, mas o Brasil não pôde buscá-lo porque o réu recorreu duas vezes a cortes administrativas.
Segundo o Correio apurou, a avaliação da Procuradoria Geral da República é que nada mudou e existe segurança para receber o ex-diretor de marketing em alas da Papuda e de Santa Catarina. No entanto, é necessário produzir um novo relatório sobre o caso. Nele, constarão mapas a partir de imagens de satélite ; já impressas por fontes que acompanham o caso ; com a indicação de cada unidade da Papuda, como as penitenciárias do Distrito Federal (PDF) I e II, o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) e o Centro de Detenção Provisória (CDP).
A inspeção deve acontecer em até um mês, antes do término de um relatório com fotos, mapas e informações do Ministério Público do Distrito Federal. Tudo deverá ser traduzido para o ser traduzido para o italiano.
A intenção das autoridades brasileiras é colocar Pizzolato em uma ala da PDF II ou na ala de vulneráveis do Centro de Detenção Provisória (CDP). É lá que ficaram outros condenados no mensalão. Nenhum sofreu violações de direitos humanos, argumento usado por Pizzolato para não ser extraditado ao Brasil.