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CCJ da Câmara aprova PEC que obriga governo a pagar emendas coletivas

Há ainda na redação um dispositivo que permite ao Executivo congelar essas emendas na mesma proporção do corte aplicado pelo governo nas despesas discricionárias.

Agência Estado
postado em 08/07/2015 16:08
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (8/7) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o pagamento das emendas parlamentares coletivas, mais uma das promessas de campanha do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A CCJ analisa a admissibilidade dos projetos. Agora, será criada uma comissão especial para debater o mérito da PEC, que só então seguirá para deliberação do Plenário.

Pelo chamado "Orçamento Impositivo", o governo já é obrigado a executar as emendas parlamentares individuais, no limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) do ano anterior. O texto recém-avalizado pela CCJ segue a mesma lógica, agora para as emendas coletivas (como as de bancada e de comissão), mas estabelece uma proporção menor: 1% da RCL.

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"Esse porcentual baseia-se no valor destinado às emendas coletivas na LOA (Lei Orçamentária Anual) 2015 e corresponde, aproximadamente, a R$ 8 bilhões", escreve o autor da PEC, deputado Hélio Leite (DEM-PA), na justificativa.

Há ainda na redação um dispositivo que permite ao Executivo congelar essas emendas na mesma proporção do corte aplicado pelo governo nas despesas discricionárias. O governo tradicionalmente não paga as emendas coletivas.

Na prática, a extensão da execução obrigatória para as emendas coletivas engessa ainda mais o orçamento federal e limita poderes da União.

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