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Servidores pedem a Dilma que sancione reajuste do Judiciário

Pelo texto aprovado, o reajuste vai variar de 53% a 78,56%, a depender da classe e do padrão do servidor. O prazo para a presidenta sancionar ou vetar a medida termina na próxima terça-feira (21)

postado em 16/07/2015 18:42
Um grupo de servidores do Judiciário protestou há pouco em frente ao Palácio do Planalto. Eles pedem a presidenta Dilma Rousseff que sancione o projeto de lei que trata da reposição salarial da classe.

Aprovado no Congresso Nacional no fim de junho, a proposta estabelece reajuste escalonado de 59,49% para os funcionários do Poder Judiciário. Pelo texto aprovado, o reajuste vai variar de 53% a 78,56%, a depender da classe e do padrão do servidor. O prazo para a presidenta sancionar ou vetar a medida termina na próxima terça-feira (21).

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Por volta das 16h, os manifestantes se posicionaram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, fazendo muito barulho. Além de soltarem fogos de artifício, os servidores tocaram vuvuzelas e exibiram faixas, como a que dizia: "Dilma guerreira, 56% é justo para nossa carreira".

De acordo com José Alves, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Distrito Federal (Sindijus), os servidores estão em greve desde o dia 9 de junho, e a mobilização para que os parlamentares derrubem um possível veto já começou. "Caso haja o veto, já estamos com um grupo de servidores dentro do Congresso Nacional coletando assinaturas. Até o momento temos 302 assinaturas de deputados e 45 de senadores solicitando a sanção ao governo", disse.

Na entrada do Palácio do Planalto, a segurança foi reforçada com policiais militares, homens do Exército e a cavalaria da Polícia Militar (PM). Segundo a PM, cerca de 650 pessoas participam do ato. As duas vias da Esplanada dos Ministérios próximas ao Planalto e aos prédios do Congresso continuam bloqueadas. Até a publicação desta matéria, o grupo continuava se manifestando, mas desta vez próximo ao Senado Federal.

Em declarações recentes, após a aprovação do projeto pelo Congresso Nacional, Dilma classificou de "lamentável" o resultado e disse ser "insustentável" "níveis de aumento tão elevados". Ontem (15), durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou que o encontro entre ele, Dilma e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, ocorrido na semana passada em Portugal, teve como objetivo discutir o reajuste do Judiciário.

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