postado em 17/07/2015 20:45
Valendo-se do cargo de presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fez um pronunciamento, em cadeia nacional de rádio e TV, na noite desta sexta-feira (17/7), e fez um balanço das atividades da Casa no primeiro semestre."Temos dado resposta mais rápida para problemas urgentes, até porque a população não aguenta esperar ", afirmou Cunha, que destacou a aprovação da redução da maioridade penal e a regulamentação dos direitos do trabalhador terceirizado. "Nunca a Câmara trabalhou tanto como agora", completou Cunha.
Durante o pronunciamento, que durou cinco minutos, Cunha ressaltou também a aprovação da reforma política, das medidas do ajuste fiscal e da votação do fim do fator previdenciário.
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Repercussão na internet
Cunha gerou uma onda de manifestações nas redes sociais. A hashtag #cunhanacadeia foi um dos assuntos mais comentados no Twitter, citada mais de 27 mil vezes nas últimas 24 horas.
Protesto no Rio
Ato convocado contra Eduardo Cunha, na noite desta sexta-feira, no centro do Rio de Janeiro, reuniu cerca de 40 pessoas, em frente à Câmara Municipal do Rio. Com apoio de um carro de som, sindicalistas criticaram as manobras políticas adotadas por Cunha para aprovar a redução da maioridade penal e outras medidas polêmicas. A manifestação foi marcada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Rompimento com o governo
Num ato de retaliação contra o governo, após ter sido citado em delação do lobista Júlio Camargo à Operação Lava-Jato, Cunha disse que é vítima de uma conspiração política, negou ter recebido propina e acusou o governo de tê-lo colocado na posição de investigado pela Polícia federal. ;Essa lama, em que está envolvida a corrupção da Petrobras, cujos tesoureiros do PT estão presos, essa lama eu não vou aceitar;, disse. Cunha também acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de agir para ser reconduzido ao cargo.
Pouco depois da entrevista do presidente da Câmara, o PMDB nacional divulgou nota oficial na qual afirma que "a posição de Cunha é pessoal, mas que quaisquer posições de partido devem ser tomadas com base em uma consulta feita na executiva nacional da legenda".
A liderança do PMDB na Câmara, comandada pelo deputado Leonardo Picciani (RJ), aliado de Cunha, também divulgou uma nota comunicando que, após o recesso parlamentar, a bancada do PMDB na Câmara vai decidir se acompanha Cunha na decisão de romper com o governo.