Politica

Governo 'não desejou, nem celebrou' rompimento com Eduardo Cunha diz Rebelo

O gesto foi firmado pelo deputado após ter o nome citado em depoimento do executivo Júlio Camargo como cobrador de propinas em negociações de contratos da Petrobras

Agência Estado
postado em 20/07/2015 20:16
O ministro da Ciência e Tecnologia Aldo Rebelo (PC do B)afirmou nesta segunda-feira (20) que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) "não desejou nem celebrou" o rompimento com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciado na sexta-feira passada pelo próprio parlamentar.

O gesto foi firmado pelo deputado após ter o nome citado em depoimento do executivo Júlio Camargo como cobrador de propinas em negociações de contratos da Petrobras. Na ocasião, Cunha acusou o Planalto de orquestrar denúncias contra ele. Rebelo evitou criticar o presidente da Câmara.

"O deputado Eduardo Cunha, é preciso que se reconheça, ajudou com as medidas de ajuste fiscal relacionadas ao governo. Teve uma posição responsável", disse Rebelo durante cerimônia de premiação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas ocorrida nesta segunda-feira, 20, no Teatro Municipal do Rio.

Perguntado sobre o futuro da articulação política na Câmara diante da decisão, o ministro buscou um tom conciliador ao dizer que o gesto de Cunha foi de caráter "pessoal".

"Mesmo hoje se colocando em uma atitude de oposição ao governo, como presidente de um dos poderes e como corresponsável pela governabilidade do País, vai levar em conta essa responsabilidade. O rompimento é um gesto pessoal como ele próprio esclareceu", declarou o ministro.

Questionado sobre uma tentativa concreta de reaproximação do governo petista com o parlamentar, Aldo Rebelo se limitou a dizer que "na relação entre os poderes, o princípio é que eles trabalhem sempre próximos".

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