O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse nesta terça-feira (28/7) que não teme que a reprovação das contas da presidente Dilma Rousseff crie um precedente que cause problemas também para governos estaduais. "Da nossa parte não há temor de que a reprovação crie um efeito cascata nos Estados", disse Azambuja.
Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se esquivou do questionamento dizendo que ainda não há uma decisão do Tribunal de Contas da União sobre o caso e que, portanto, seria precipitado fazer comentários a respeito do efeito nos Estados.
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Sobre a reunião que terão todos os governadores do Brasil com a presidente na quinta-feira (30/7), Alckmin, que só foi convidado hoje, disse que irá com a disposição de defender medidas que gerem emprego.
Azambuja afirmou que já fez um apelo a deputados e senadores para que não aprovem "pautas bomba" que mais tarde onerem os Estados.
Protestos
Alckmin e Reinaldo Azambuja defenderam o direito do PSDB de participar das manifestações contra o governo Dilma Rousseff marcadas para o dia 16 de agosto. Enquanto Azambuja diz que as lideranças do partido têm o direito de convocar para o protesto, Alckmin afirma que esta deve ser uma decisão da direção tucana.
"A questão se vai convocar ou não vai convocar é uma questão da direção partidária", disse o governador paulista.
Mais cedo, o governador do Paraná, Beto Richa, havia se colocado contra a decisão do partido de aderir à pauta das ruas. Richa chamou de "desnecessária" a decisão, anunciada ontem pelo presidente do PSDB, Aécio Neves.