Agência Estado
postado em 28/07/2015 20:38
A Eletrobrás informou que está "buscando obter as informações necessárias" sobre a 16; fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade, que cumpriu nesta terça-feira, 28, 30 mandados (23 de busca e apreensão, duas prisões temporárias de suspeitos e cinco de condução coercitiva) em Brasília, Rio, Niterói (RJ), São Paulo e Barueri para apurar irregularidades em contratos da Eletronuclear, subsidiária da estatal que opera as usinas termonucleares Angra 1 e Angra 2 e constrói Angra 3.Em fato relevante divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM, órgão regulador das empresas abertas na Bolsa) no início da noite, a Eletrobrás informou que "manterá o mercado informado oportunamente" sobre a defesa em relação ao caso.
O documento destaca ainda que a investigação interna instalada em abril, que tem as obras de Angra 3 como um de seus alvos, ainda não chegou a nenhuma conclusão. Como a Eletrobrás já havia informado ao mercado em abril, a investigação é comandada pelo escritório Hogan Lovells.
A suspeita é que o cartel que teria atuado na Petrobras, conforme as investigações da Lava Jato, também tenha fraudado licitações na estatal elétrica, nas obras de Angra 3, além de pagamento de propinas a funcionários da estatal. O presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pereira da Silva, suspeito de receber R$ 4,5 milhões em propina, foi uma das pessoas com prisão temporária decretada e foi detido em sua casa no Rio.