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'São infundados os boatos de que deixei a articulação política', diz Temer

O Planalto prevê o agravamento da crise em um mês em que o Tribunal de Contas da União (TCU) analisa as "pedaladas fiscais" e a oposição se articula pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff

Agência Estado
postado em 07/08/2015 16:25
O vice-presidente Michel Temer usou nesta sexta-feira (7/8) a sua conta pessoal no microblog Twitter para negar rumores de afastamento da articulação política do governo.

"São infundados os boatos de que deixei a articulação política. Continuo. Tenho responsabilidades com meu País e com a presidente Dilma", escreveu o vice-presidente.

Nessa quinta-feira (6/8) Temer se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil) para discutir a delicada situação na Câmara dos Deputados, onde o governo acumula uma série de derrotas.

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O vice-presidente afirmou a Dilma ter a sensação de que seu trabalho tem sido em vão, já que o governo perdeu o total controle sobre as bancadas, conforme ficou escancarado na aprovação da proposta de emenda constitucional 443, que vincula o salário de delegados de polícia e de advogados públicos a 90 25% do salário de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois, em encontro reservado com ministros do núcleo duro do PT Dilma disse que os petistas "lavaram as mãos" depois que o vice-presidente assumiu a articulação política do governo, em abril. Segundo um ministro, Dilma "deu uma dura" nos auxiliares e cobrou maior engajamento dos petistas na aprovação de matérias de interesse do governo.

O vice-presidente se reúne neste domingo (9/8) no Palácio da Alvorada com a presidente Dilma Rousseff e ministros para mais uma reunião sobre a conjuntura política do País.

O Planalto prevê o agravamento da crise em um mês em que o Tribunal de Contas da União (TCU) analisa as "pedaladas fiscais" e a oposição se articula pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff. Dentro do governo, a avaliação é a de que o resgaste da popularidade de Dilma será "lento e gradual", acompanhando os primeiros sinais de recuperação da economia brasileira.

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