Politica

Para preservar o mandato, presidente Dilma tenta recompor a base aliada

Hoje à noite, ocorre o primeiro dos encontros com a base aliada, a presidente se reunirá com senadores em jantar no Palácio da Alvorada, para pedir o apoio da Casa

Paulo de Tarso Lyra, Isabella de Andrade - Especial para o Correio, Jorge Macedo, Warner Bento Filho
postado em 10/08/2015 08:09
Em meio à maior crise política dos dois mandatos, a presidente Dilma Rousseff tenta recompor a base aliada e ensaia uma reação para esta semana. A reforma ministerial está descartada para os próximos dias, segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, embora interlocutores reconheçam a necessidade de fazer mudanças na Esplanada para garantir a governabilidade. A expectativa é que as alterações no primeiro escalão sejam feitas depois que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar ao Supremo Tribunal Federal as denúncias contra políticos envolvidos na Lava-Jato. Segundo Edinho Silva, o governo reconhece a crise e aposta no diálogo para superar as dificuldades.

Hoje à noite, ocorre o primeiro dos encontros com a base aliada, a presidente se reunirá com senadores em jantar no Palácio da Alvorada, para pedir o apoio da Casa

As declarações foram feitas na noite de ontem, pouco depois das 23h, no fim do encontro que reuniu, no Palácio da Alvorada, ministros e líderes da coordenação política do governo. A reunião, que normalmente ocorre nas manhãs de segunda-feira, foi antecipada em função da viagem que a presidente faz hoje a São Luís, no Maranhão ; estado que lhe deu a margem mais folgada de votos na reeleição do ano passado ;, para entregar novas unidades do Programa Minha Casa Minha Vida.



Participaram do encontro na noite de ontem, além de Edinho, o vice-presidente Michel Temer, os líderes do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães.

(PT-CE), e no Congresso, José Pimentel (PT-CE) e mais 13 ministros, incluindo Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

Hoje à noite, ocorre o primeiro dos encontros com a base aliada, a presidente se reunirá com senadores em jantar no Palácio da Alvorada, para pedir o apoio da Casa. Ao longo da semana, a presidente pretende conversar individualmente com cada um dos líderes dos partidos que declararam apoio ao governo no início do mandato, incluindo PDT e PTB, que na última semana anunciaram rompimento com o Palácio do Planalto.

O governo precisa lidar esta semana com as ;pautas-bomba; em votação no Congresso, que colocam em risco o ajuste fiscal, com o esfacelamento da base aliada, o enxugamento de ministérios e as manifestações contra seu governo previstas para o próximo domingo.

Pauta-bomba
A aposta no Senado é uma tentativa de a presidente de manter-se viva na condução do país. Embora haja a permanência dos esforços para reconstruir a base na Câmara, o Planalto sabe que precisará muito dos senadores nesta fase aguda da crise. Tudo o que os deputados votam ; projetos do ajuste, aumentos salariais, contas de governo e até uma possível abertura de processo de impeachment ; precisa ser referendado pelos senadores. Na noite de quinta-feira, Dilma teve uma reunião a sós com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir ajuda.

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