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Impeachment sem provas concretas prejudicaria o Brasil, afirma NYT

Para jornal, país está "em frangalhos". Mas liberdade do Ministério Público nas investigações da Lava-Jato garante fortalecimento da democracia

postado em 18/08/2015 12:01

Para jornal, país está

"Ainda não há evidências de ações ilegais cometidas pela presidente Dilma Rousseff, e tirar a presidente do cargo causaria sérios danos a uma democracia que ganha força há 30 anos". Essa é a análise do jornal norte-americano New York Times sobre a atual crise política brasileira, de acordo com editorial publicado nesta terça-feira (17/8).

O jornal responsabiliza Dilma "por grande parte da má gestão que afundou a economia do Brasil", e salienta que os equívocos com a política econômica ;não caracterizam crimes de responsabilidade;.

O New York Times ainda aponta ações positivas de Dilma Rousseff na condução dos escândalos políticos e da crise econômica. ;Não há nada que dê a entender que qualquer outro líder irá fazer algum trabalho melhor com a economia;, disse o editorial, ao defender medidas de austeridade do ajuste fiscal adotadas pelo governo.

A liberdade de investigação para o Ministério Público e as prisões de altos executivos de empreiteiras envolvidas com o esquema de corrupção na Petrobras também foram elogiadas. A presença de Marcelo Odebrecht e José Dirceu na cadeia representam ;um revés para a cultura arraigada de impunidade entre as elites governamentais e empresariais;, analisou o NYT.

A postura de Dilma Rousseff em não coibir o andamento da operação Lava-Jato foi classificada como ;admirável; pelo jornal norte-americano. Mesmo com os problemas políticos e dúvidas criados sobre os sete anos de mandato como presidente da Petrobras, ;Ela não fez esforço para restringir ou influenciar as investigações;, e Dilma ainda ;tem salientado repetidamente que ninguém está acima da lei;. Segundo o jornal, as ações mostram o fortalecimento das instituições democráticas no Brasil.

O texto termina em tom de conselho aos brasileiros, e afirma que apesar dos tempos difíceis e frustrantes, ;as coisas tendem a piorar antes de melhorar;. E alerta que ;a solução não deve ser a de minar as instituições democráticas, garantias da estabilidade, credibilidade e um governo honesto;.

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