postado em 20/08/2015 19:00
Após ser denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela Procuradoria Geral da República (PGR), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, negou as acusações e reforçou que foi escolhido, sob influência do governo, para ser denunciado como primeiro da lista entregue ontem. ;Não participei nem participo de qualquer acordão e certamente, com o desenrolar, assistiremos a comprovação de atuação do governo, que já propôs a recondução do Procurador, na tentativa de calar e retaliar a minha atuação política;, afirmou, em nota.Leia mais notícias em Política
O deputado criticou que a denúncia tenha sido feita no momento de manifestações de apoio ao PT e cobrou o mesmo tratamento para petistas envolvidos na Lava-Jato. Ele afirmou que está ;absolutamente sereno; e que vai permanecer no cargo. Cunha disse ainda que aguarda serenidade do Judiciário para definir seu destino. ;Confio plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF) para conter essa tentativa de injustiça;, afirmou. Cabe ao STF acatar a denúncia da PGR.
Collor
O senador Fernando Collor (PTB-AL) também negou envolvimento no esquema de desvio de recursos na Petrobras. Ele desqualificou a denúncia ao dizer que foi construída sob ;lances espetaculosos;. ;Como um teatro, o PGR encarregou-se de selecionar a ordem dos atos para a plateia, sem nenhuma vista pela principal vítima dessa trama, que também não teve direito a falar nos autos;, afirmou em nota. De acordo com o parlamentar, dois depoimentos foram desmarcados pelo Ministério Público.