Politica

Oposição pressiona TSE para apurar irregularidades nas eleições de 2014

Legendas alinhadas ao Planalto cobram que investigação sobre as doações de empresas suspeitas também recaia sobre a campanha do PSDB

Paulo de Tarso Lyra
postado em 24/08/2015 06:02
A decisão do vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, de cobrar do Ministério Público Federal uma investigação sobre as contas da campanha de Dilma Rousseff à reeleição reacende um julgamento que estava em banho-maria na Corte. ;O pedido de Gilmar Mendes reforça o argumento da oposição de que, em relação à presidente Dilma, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está sendo omisso;, declarou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP).

Há 10 dias, um pedido de vista do ministro Luiz Fux suspendeu o processo pedido pelo PSDB de cassar a chapa da presidente e do vice-presidente Michel Temer pela suspeita de abastecimento com recursos do Petrolão. Os tucanos, ao lado das demais legendas de oposição ao governo, afirmaram que parte das doações para a campanha de Dilma vieram do dinheiro desviado pelo esquema de corrupção investigado na Operação Lava-Jato. As suspeitas foram reforçadas a partir do depoimento do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que disse ter sido pressionado a doar R$ 7,5 milhões para o então tesoureiro de Dilma, o ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação).

;Nós próprios já tínhamos pedido que Janot investigasse o caso. O governo comemora a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, amparado em uma delação premiada (feita pelo executivo Júlio Camargo). Por que ele se recusa a investigar uma denúncia feita em uma delação premiada contra a presidente Dilma;?, questionou Freire. ;O argumento do procurador-geral é frágil, ao afirmar que um presidente só pode ser investigado por crime de responsabilidade no exercício do cargo. Mas as investigações podem começar agora e, quando a presidente deixar o mandato, quem sabe elas já estarão adiantadas;, completou Freire.

O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), lembra que, quando o próprio Mendes relatou as contas de campanha, no fim do ano passado, ele demonstrou preocupação com as suspeitas que pairavam sobre a prestação apresentada pelo PT ao TSE. ;O processo foi votado e aprovado com ressalvas por unanimidade. O que ele (Mendes) está fazendo agora é em função das suspeitas que tinha no início da análise, e está pedindo o aprofundamento das investigações;, completou Agripino.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação