Agência Estado
postado em 24/08/2015 18:05
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que a reforma administrativa anunciada nesta segunda (24/8) pelo Palácio do Planalto era um ;clamor; de todos os críticos e, maior do que o impacto financeiro, é o impacto político da medida. "O governo vai cortar na própria carne, mostrar para o País que não está de brincadeira", declarou.Guimarães disse que o governo precisava "fazer sua parte" e que a partir de agora se dedicará a discutir com a base aliada, partidos e movimentos sociais os termos da reforma para "não criar embaraços". O objetivo, ressaltou o petista, é adotar uma ação "enérgica" e ampla para mostrar que o Executivo vai mesmo "apertar o cinto".
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Mais cedo, o governo anunciou que cortará 10 ministérios, mas ainda não há definição de quais seriam as pastas. A expectativa é que a redução das pastas aconteça em setembro. "Para o bem da governabilidade, a reforma administrativa é vital num momento de superação como esse", concluiu Guimarães.
Temer
Diante do agravamento do cenário político, da possibilidade de o PMDB desembarcar do governo e de os pedidos de impeachment protocolados na Câmara prosperarem, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo para que o vice-presidente Michel Temer continuasse na articulação política. O peemedebista concordou em ficar, mas avisou que não vai cuidar de liberação de emendas parlamentares e composição do segundo e terceiro escalões do governo. Essas negociações serão conduzidas pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS).
"Vou sentir falta de Temer no dia a dia", afirmou Guimarães. Ele garantiu que a mudança na articulação não causou nenhum "estremecimento" entre as partes e que Dilma e Temer estão em "sintonia". "Isso está bem resolvido", enfatizou. Guimarães afirmou ainda que vai continuar procurando Temer para tratar de articulação política.