Agência Estado
postado em 24/08/2015 20:04
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o governo fez um anúncio "atabalhoado" do corte de ministérios, para criar um fato político que encobrisse "notícias não boas" da economia."Foi um anúncio atabalhoado porque não tinha uma decisão tomada e queriam criar um fato político. Acho positivo querer criar um fato desta natureza, mas, obviamente, eles não estavam prontos para anunciar nada", afirmou o peemedebista no início da noite desta segunda-feira, 24, de volta a Brasília.
Pela manhã, o governo anunciou que, até setembro, cortaria dez pastas, mas não informou quais serão, gerando instabilidade na base aliada. Cunha disse que o anúncio do Planalto pode "estimular" o andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada por ele para limitar a 20 o número de ministérios. "Ainda estão me devendo nove. É dobrar a meta", disse, parodiando a presidente Dilma.
O presidente da Câmara defendeu que o PMDB entregue todos os seis ministérios que comanda. "Todos (os partidos) deveriam entregar (ministérios), todos deveriam reduzir. O PMDB deveria ser o primeiro a entregar todos, não só a redução proporcional, deveria sair da base do governo", afirmou.