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Janot nega acordão: 'Mesmo que eu quisesse, teria que combinar com russos'

"Eu nego veementemente a possibilidade de qualquer acordo que possa interferir nas investigações (Lava-Jato)", afirmou Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que está sendo sabatinado no Senado, negou com veemência a possibilidade de um "acordão" para livrar políticos envolvidos na Operação Lava-Jato.

"Eu nego veementemente a possibilidade de qualquer acordo que possa interferir nas investigações. Há 31 anos, fiz a opção pelo Ministério Público. Não deixaria me embrenhar num processo que eu não domino e não conheço que é o caminho da política", respondeu ao senador Alvaro Dias (PSDB-PR).



Em seguida, ele ressaltou que, mesmo que quisesse fazer um acordo, teria "que combinar com os russos". Janot salientou que todos os procedimentos, quando não há mais restrições legais, são abertos. "Não há possibilidade de qualquer acordão. O motivo é simples: quando o material não é mais sigiloso, ele é aberto a qualquer cidadão brasileiro. Tudo está aberto", avisou.