postado em 26/08/2015 20:25
Assim como esperado, os senadores da Comissão de Constituição e Justiça aprovaram a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao cargo. Foram 26 a favor e 1 contra, todos de titulares. Em seguida, no plenário da Casa, ele teve 59 votos a favor, 12 contra e uma abstenção, o que significa que ele fica por mais dois anos no cargo de procurador-geral da República.
A sabatina do procurador-geral durou dez horas e meia e contou com a presença de diversos investigados pelo MPF. A sessão começou às 10h da manhã. Janot fez apenas dois pequenos intervalos, para ir ao banheiro. Durante esse tempo, ele esclareceu aspectos sobre atuação à frente do Ministério Público Federal (MPF), especialmente no âmbito da Operação Lava-Jato, que investiga desvios de recursos na Petrobras.
O procurador explicou detalhes do funcionamento da delação premiada, que segundo ele é devidamente regulamentada no Brasil e serve para agilizar as investigações e reduzir os custos. Ele negou qualquer seletividade na determinação dos políticos investigados. "Falam em ;lista do Janot;. Não tem ;lista do Janot;. Essas fatos e essas pessoas vieram pelos colaboradores. Nós tivemos a preocupação, nas duas primeiras colaborações, e estamos tendo em todas, assim é possível fazer o levantamento do sigilo . Abrimos todo o complexo da delação premiada para que não sejamos acusados de seletividade;, afirmou.
Collor
O grande embate foi protagonizado pelo senador e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, denunciado na Operacão Lava-Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Sentado na primeira fila, Collor foi o primeiro senador a chegar à CCJ e despejou os mais duros ataques contra Janot. Em resposta, o procurador-geral repetiu um ditado popular usado em sua exposição inicial: ;pau que dá em Chico dá em Francisco;.