Agência Estado
postado em 06/09/2015 18:00
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) divulgou vídeo em que afirma não ter receio de ser investigado e rechaçou a possibilidade de que pudesse usar sua influência em negócios com a Petrobras. "É simplesmente absurda a mera suposição de que eu, que sou oposicionista notório e intransigente aos governos do PT, pudesse favorecer com a minha influência negócios junto a Petrobras", diz o vídeo postado nas redes sociais.[VIDEO1]
Segundo o senador, as investigações das contas de sua campanha ao Senado em 2010, pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é "um desvio do verdadeiro foco da operação Lava-Jato que, como todos sabem, é o conluio entre empresários, políticos e dirigentes da Petrobras, para lesar a empresa. E tudo isso sob as bênçãos de Lula e Dilma", afirma o tucano.
Aloysio diz ainda que não tem receio de ser investigado. "Se o doutor Janot pretende desviar o foco da Operação Lava-Jato, ao pedir investigação das minhas contas, que me investigue mesmo. Podem investigar à vontade, pois nada tenho coisa alguma a ver com essa sujeira. Mas que investiguem mesmo: que investiguem tudo e todos", disse.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito contra Aloysio e contra os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social). A decisão atendeu pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os três foram citados pelo empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em delação premiada. Pessoa declarou que foram feitos repasses milionários para as campanhas eleitorais de Mercadante ao governo paulista, em 2010, e para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, da qual Edinho Silva foi tesoureiro. O dinheiro também teria sido repassado à campanha de Aloysio. Para Mercadante, o valor da doação seria R$ 500 mil.