Politica

Minha Casa, Minha Vida: nova fase só deve sair após Orçamento ser aprovado

Diferentemente do que havia sido anunciado pela presidente Dilma Rousseff

postado em 08/09/2015 20:05
O aperto orçamentário, explicitado no documento enviado ao Congresso Nacional na última semana, que prevê rombo de R$ 30,5 bilhões nas contas do governo, gerou impacto em uma série de programas do governo, inclusive no lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida. Diferentemente do que havia sido anunciado pela presidente Dilma Rousseff, a nova etapa do programa não deve ser oficialmente lançada na próxima quinta-feira. Segundo um integrante do governo, a iniciativa será apresentada somente após a aprovação do orçamento pelos parlamentares, o que pode ocorrer até o fim do ano.

Apesar do Palácio do Planalto não ter divulgado oficialmente a data para a apresentação do Minha Casa, Minha Vida 3, Dilma chegou a dizer que seria no dia 10, inclusive, em um tuíte no dia 5 de agosto. "Boa notícia! Marcamos para o dia 10 de setembro o lançamento do #MinhaCasaMinhaVida3", disse a mensagem da presidente nas redes sociais. No lugar do anúncio oficial, Dilma deve se reunir com integrantes de movimentos sociais para apresentar o que o governo já tem desenhado para a terceira etapa do programa.

De acordo com o integrante do governo, já há um projeto pronto para a iniciativa, conforme o que foi enviado ao Congresso com o rombo. Não é possível, porém, prever ao certo quanto deve ser aplicado no programa sem o aval dos parlamentares. A possibilidade de cortes no programa foi publicamente levantada pela primeira vez ontem pela manhã, pelo ministro Ricardo Berzoini.

Após participar da reunião da coordenação política, o titular das Comunicações disse que a iniciativa teria de ser adaptada à nova "realidade orçamentária do país". "Só para vocês terem uma ideia, já tem mais de 1,4 milhão de casas ainda para serem entregues da fase 2. É um programa de grande impacto social e orçamentário. E a fase 3, certamente, vai ser continuidade disso. Evidentemente, ajustada à disponibilidade orçamentária", disse o ministro.

Embora tenha assumido os possíveis cortes, Berzoini disse também não acreditar que haverá adiamento do lançamento da terceira etapa da iniciativa. ;Eu não creio que haja nenhum adiamento, mas há, simplesmente, essa fase final de alinhamento do programa com o orçamento da União", afirmou. Um dia antes, Dilma também assumiu, no pronunciamento que fez na internet, que poderia haver corte no orçamento. A previsão de rombo já teve impacto em diversos programas, como por exemplo no Ciência sem Fronteiras e no Pronatec, uma das bandeiras do governo.

Berzoini ponderou ontem, porém que programas como Bolsa Família e outros com transferência de renda e previdência serão "absolutamente preservados", mas admitiu que outros passem por ajustes. "Os programas na área de investimentos físicos, que envolvem Educação, que envolvem Saúde, que envolvem habitação e que são programas que, evidentemente, não podem ser feitos sem o alinhamento total com a programação orçamentária;, disse.

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