Paulo de Tarso Lyra
postado em 10/09/2015 12:45
Após reunião de emergência da coordenação política, realizada na manhã desta quinta-feira (10/9), a presidente Dilma Rousseff determinou que a prioridade do momento do governo é anunciar os cortes necessários, a fim de reequilibrar as finanças do país.Dilma orientou os ministros a não "minimizar" o impacto no rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência americana de investimentos Standard & Poor;s, anunciada no fim da tarde dessa quarta-feira (9/9). Ficou acertado que, ainda essa semana, já poderão ser anunciados algumas medidas da chamada reforma administrativa, que prevê a redução de dez ministérios e o corte de pelo menos mil cargos comissionados.
De acordo com os ministros que participaram da reunião desta quinta-feira (10/9), não será anunciado um pacotaço de cortes, mas informações a medida que esses cortes forem sendo decididos. Ficou acertado também que, só após a definição de onde o governo pode diminuir as despesas, a equipe econômica começará a analisar a possibilidade de aumento de impostos.
Durante a reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda Joaquim Levy defendeu com apoio, tanto da presidente Dilma quanto do vice Michel temer, a realização de um pente fino nos programas sociais do governo, em busca de possíveis fraudes. O governo reconhece que a situação é difícil e que é preciso unidade para de superar esse momento.
Ficou decidido que, no início da tarde, Levy concederá uma entrevista coletiva no Ministério da Fazenda. A opção pelo nome do titular da equipe econômica foi tomado porque, na visão da presidente, ele é aquele que reúne as melhores condições para explicar todas as medidas que estão sendo tomadas pelo governo nesse momento. A conversa do ministro com os jornalistas deverá ser realizada após a entrevista que será dada pelos diretores da agência americana em Nova York.