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Deputado sugere que Pessoa seja liberado de depoimento à CPI da Petrobras

No entanto, outros membros da comissão desejam continuar perguntado ao delator da Operação Lava-Jato

Agência Estado
postado em 15/09/2015 16:24
Diante da recusa do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, em responder às perguntas dos parlamentares na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara, o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) sugeriu nesta terça-feira (15/9)que o empresário seja liberado para que os demais depoentes possam ser ouvidos.

Delator do esquema de corrupção envolvendo as maiores empreiteiras do País no âmbito da Operação Lava Jato, Pessoa tem se limitado a responder que permanecerá em silêncio durante o depoimento aos parlamentares. Porém, o empreiteiro aproveitou sua ida à comissão para realizar uma apresentação sobre a história da UTC.

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Após duas perguntas não respondidas por Pessoa, o relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ), abriu mão de continuar questionando o empresário. No entanto, outros membros da comissão desejam continuar perguntado ao delator da Operação Lava-Jato. O deputado Ivan Valente (Psol-SP) considerou que é possível que Pessoa resolva responder a alguma pergunta no decorrer da sessão, apesar de o empresário já ter repetido várias vezes que se manterá calado em relação a todos os questionamentos.

"Se eu falar sobre temas sigilosos, coloco em risco a minha delação. Por isso, a todas as perguntas, adotarei o silêncio que a Constituição me assegura", disse Pessoa, na apresentação inicial à CPI da Petrobras. Além dele, também estão previstos para esta terça-feira os depoimentos da funcionária da UTC Sandra Raphael Guimarães e de Roberto de Moraes Mendes e Giorgio Martelli, os dois da empresa Saipem.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje o empreiteiro a permanecer em silêncio durante depoimento à CPI. O presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), chegou a propor o fechamento da sessão - como era um pedido da própria defesa de Pessoa - para que o empresário colaborasse com respostas, mas mesmo assim o delator manteve a intenção de permanecer calado.

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