Politica

Jaques Wagner rebate Gilmar Mendes e diz que STF não comporta 'paixões'

Nas redes sociais, Wagner disse que as acusações de Mendes "não condizem" com um magistrado da mais alta Corte do País

Agência Estado
postado em 19/09/2015 15:08
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, reagiu neste sábado (19) às críticas feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ao PT e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) durante o julgamento sobre o financiamento de empresas a campanhas eleitorais. Nas redes sociais, Wagner disse que as acusações de Mendes "não condizem" com um magistrado da mais alta Corte do País e que as cadeiras do STF "não comportam paixões".

"Fiquei negativamente surpreso com a atitude do ministro Gilmar Mendes na sessão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o financiamento empresarial de campanhas. O ministro proferiu críticas ao Partido dos Trabalhadores e à OAB, com acusações que não condizem com um magistrado da maior corte do País", escreveu "As cadeiras do STF são local de equilíbrio e não comportam paixões", publicou o ministro no Twitter e no Facebook neste sábado (19).



Durante sessão de julgamento do financiamento empresarial, na quarta-feira (16), Mendes votou contra a proibição do financiamento privado e acusou a OAB e o PT de tentarem fazer reforma política pela via judicial e garantir a manutenção do partido no poder por meio da "asfixia" da oposição. Em entrevista à imprensa na sexta-feira, Mendes voltou a atacar o PT, acusando a sigla de "cleptocracia", termo de origem grega que significa "estado governado por ladrões". Disse ainda que a OAB não pode ser "aparelho de partido".

Ação judicial


Com as acusações de Mendes durante o julgamento, o PT avalia entrar com ação judicial contra o ministro. Em nota divulgada na quinta-feira (17), o presidente nacional do partido, Rui Falcão, afirmou que Gilmar Mendes "faltou com a verdade" quando acusou a sigla de oportunismo durante a apreciação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), impetrada pela OAB no Supremo, contra o financiamento empresarial de campanha, pois a defesa do financiamento público sempre foi bandeira do PT.

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