Paulo de Tarso Lyra
postado em 21/09/2015 08:00
Pouco mais de dois anos depois de ter iniciado os trâmites para a criação da Rede Sustentabilidade, finalmente a ex-senadora Marina Silva deve ter o partido oficializado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O processo de registro da legenda está na pauta de amanhã da Corte. Pela primeira vez, o julgamento será feito com a sigla tendo mais de 500 mil assinaturas validadas pelo Tribunal. O novo pedido para criação da Rede foi protocolado em 28 de maio, junto com 56,1 mil novas assinaturas coletadas durante os mutirões de Verão e de Carnaval.
Na última sexta-feira, o relator do processo, ministro João Otávio Noronha, deu aval para que o assunto pudesse ser analisado pelo pleno do TSE. Do total de 56,1 mil assinaturas entregues, aproximadamente 55,7 mil foram validadas pelos técnicos da Seção de Gerenciamento de Dados Partidários (Sedap) do Tribunal. Elas vão se somar às 442,5 mil assinaturas já reconhecidas pela Justiça Eleitoral e que estão anexadas ao pedido de criação da legenda, encaminhado ao Tribunal em 2013. Logo após o fim do recesso no Judiciário, o relator do pedido no TSE encaminhou o processo para a procuradoria dar o parecer, que foi favorável. Agora, o ministro segue essa mesma decisão e deu seu voto em favor da criação.
A regularização da Rede Sustentabilidade virou uma novela na vida de Marina Silva. Ex-ministra do Meio Ambiente durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ela deixou o PT, legenda à qual foi filiada durante mais de 30 anos, e entrou no PV para disputar as eleições presidenciais de 2010. Marina começou a campanha de maneira discreta, mas uma arrancada na reta final lhe garantiu 18 milhões de votos e quase a passagem para o segundo turno. Após o bom desempenho, no entanto, ela entrou em rota de colisão com a direção do PV e decidiu abandonar a legenda para fundar o próprio partido.
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