Para garantir a manutenção dos vetos, barrar processos de impeachment no Congresso e assegurar a aprovação da CPMF encaminhada ontem ao Congresso, a presidente Dilma Rousseff deu a alma do governo ao PMDB e ofereceu à legenda o Ministério da Saúde, a pasta com o maior orçamento da Esplanada: R$ 109,2 bilhões, de acordo com números deste ano.
Das cinco opções apresentadas pela legenda, quatro têm uma ótima ligação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). O Planalto sabe que o peemedebista, que tem em suas mãos o poder de engavetar ou dar seguimento aos pedidos de impeachment de Dilma, precisa ser cortejado. As bancadas do PSB na Câmara e no Senado, por exemplo, fecharam questão a favor do afastamento da presidente, embora os governadores da legenda, como Rodrigo Rollemberg (DF), sejam contrários à iniciativa.
Dilma quer manter o atual ministro Eliseu Padilha na provável pasta de infraestrutura. Apesar de não ter sido aliado de primeira hora, a presidente reconhece o esforço que ele fez, ao lado do vice-presidente Michel Temer, para aprovar o primeiro ajuste fiscal enviado ao Congresso. Mas os deputados esperam ser contemplados com essa indicação, já que Padilha não é mais parlamentar e ;não representaria a bancada do PMDB na Casa;.
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