O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser ouvido na Operação Lava-Jato na condição de testemunha, ao menos por enquanto. A Polícia Federal pediu ao STF para inveatigá-lo e tomar depoimento do petista. Mas Janot disse em parecer ao relator do caso, ministro Teori Zavascki, que "não há nada de objetivo" no pedido que justifique colocar Lula no rol de investigados. A medida deve se estender a outros nomes novos indicados no inquérito, como o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrieli e os ex-ministros Antônio Palocci, Ideli Salavatti, Gilberto Carvalho e José Dirceu.
O procurador se mostrou favorável a concessão de mais 80 dias para a PF investigar políticos do PP, PMDB e PT. Se for aceito pelo ministro Teori, o pedido da PF será cumprido normalmente mas sem o ônus político de Lula ser chamado de "investigado na Lava-Jato". Sem sucesso, o ex-presidente já processou procuradores responsáveis por investigá-lo por tráfico de influência no BNDES em favor da Odebrecht. (Eduardo Militão).