Politica

Reforma ministerial: vagas destinadas ao PMDB seguem indefinidas

Dilma pretende dar sete ministérios para o PMDB, mas, até o momento, estão asseguradas as permanências de Kátia Abreu, da Agricultura, e Eduardo Braga, de Minas e Energia

Paulo de Tarso Lyra
postado em 01/10/2015 16:15
Enquanto a presidente Dilma Rousseff está reunida com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada para concluir ainda esta semana a reforma ministerial, praticamente todas as vagas destinadas ao PMDB continuam indefinidas.

O vice-presidente Michel Temer tomou café da manhã com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e este voltou a defender que o partido entregue todos os cargos, incluindo o da Secretaria Nacional de Aviação Civil, ocupado por Eliseu Padilha, aliado de Temer.



Dilma pretende dar sete ministérios para o PMDB, mas, até o momento, estão asseguradas as permanências de Kátia Abreu, da Agricultura, e Eduardo Braga, de Minas e Energia.

A Câmara e Senado disputam a indicação para o Ministério dos Portos. O Senado quer emplacar na vaga de Helder Barbalho, filho do senador Jarder Barbalho (PMDB-PA), enquanto a Câmara luta para indicar Celso Pansera (PMDB-RJ) para o posto.

O peemedebista fluminense até toparia assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia, mas Dilma pediu ao vice-presidente, Michel Temer, um nome mais "denso politicamente" ou com mais afinidade com o setor para a pasta.

Além de todas as divergências internas, o PMDB resolveu ainda implicar com outras escolhas feitas pela presidente Dilma. O líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (Ceará) rejeitou a decisão de Dilma de indicar o deputado André Figueiredo (PDT-CE) para o Ministérios das Comunicações. Figueiredo é aliado político dos irmãos Ciro e Cid Gomes, inimigos locais de Eunício.

Havia uma expectativa de que a presidente Dilma anunciasse a reforma ministerial ainda nesta quinta-feira (1;/10). Diante de tantas dificuldades, ela decidiu adiar a viagem para Barreiras (BA), marcada para amanhã (2/10). O Correio apurou e o já demitido Arthur Chioro só deixará o Ministério da Saúde na próxima terça-feira (6/10), após uma reunião do colegiado. Especula-se que a presidente poderá anunciar um novo nome apenas segunda-feira (5/10). O mais cotado para o cargo é o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).

Colaborou Marcella Fernandes

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