Politica

Após CGU sobreviver à reforma, ministro defende órgão "permanente"

"Uma CGU forte não pode ser um evento passageiro, mas uma construção permanente de todos nós, em favor da sociedade brasileira e da democracia", afirmou Simão em mensagem aos funcionários do órgão nesta sexta-feira

Eduardo Militão
postado em 02/10/2015 14:40

Após o Palácio do Planalto recuar e decidir manter viva a Controladoria Geral da União (CGU), o ministro Valdir Moysés Simão defendeu nesta sexta-feira (2/10) a existência um órgão "permanente". "Uma CGU forte não pode ser um evento passageiro, mas uma construção permanente de todos nós, em favor da sociedade brasileira e da democracia", disse ele em mensagem aos funcionários do órgão hoje, em uma nota conjunta assinada com outros integrantes da cúpula da COntroladoria.

No texto, ele anuncia "com satisfação" a "manutenção do status da CGU como ministério, no âmbito da reforma administrativa. "O governo federal reafirma o seu compromisso no enfrentamento à corrupção e na busca do aprimoramento e transparência da gestão pública", disse Simão. Ele agradeceu à mobilização dos servidores e do sindicato (Unacom), que fizeram manifestações acusando o Palácio do Planalto de tentar minar a Controladoria e fatiá-la entre três ministérios com menos poderes de atuação.

Como mostrou a edição do Correio de hoje, o Palácio do Planalto recuou e decidiu não fatiar a CGU entre a Casa Civil e os ministérios da Justiça e da CIaadania. A pressão de ONGs que se dedicam à transparência e ao combate à corrupção, de ex-ministros e dos próprios servidores pesou na decisão do governo.

Para Simão, a importância da órgão foi demonstrada de forma contundente. "A valorização da nossa organização, evidenciada nesses dias de forma tão contundente em diferentes frente, deve ser continuamente traduzida pela relevância e efetividade de nosos trabalhos."

A mensagem é assinada por Simão, pelo o secretário-executivo Carlos Higino de Alencar e por outros integrantes da cúpula do órgão: Francisco Bessa, Luís Fanan, Patrícia Audi e Waldir João Ferreira.

Aplaudido

Hoje pela manhã, logo depois da mensagem ser enviada, a Unacom fez uma assembleia em um auditório do prédio da CGU. Lá, anunciaram a vitória na disputa com o Planalto e cobraram a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para incluir o controle interno no texto e impedir futuros estudos para acabar com a CGU.

Valdir Simão apareceu no evento. "Foi muito aplaudido pelos 300 servidores que estavam reunidos", narrou o presidente da entidade, Rudinei Marques. A CGU sai fortalecida e ele também."

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação