Eduardo Militão
postado em 07/10/2015 08:43
A base do governo Dilma Rousseff não conseguiu colocar deputados na sessão plenária do Congresso para votar vetos à chamada pauta-bomba do Orçamento. A votação foi remarcada para as 11h30 de hoje. A oposição considera o adiamento uma derrota para os governistas poucos dias depois da reforma ministerial para atender os aliados. Mas os aliados, após reunião com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoni, encararam o fato com naturalidade. Para eles, a derrota vai ocorrer se perderem a votação hoje.[SAIBAMAIS]Ontem, os parlamentares deveriam dizer se confirmavam ou derrubavam os vetos da presidente Dilma sobre uma série de temas. Entre eles, está o projeto que dá aumento de até 78% nos salários dos servidores do Judiciário e que estende a todos os aposentados o reajuste maior concedido àqueles que tinham as menores remunerações. Os projetos custarão aos cofres públicos R$ 47,2 bilhões até 2019, sendo R$ 36,2 bilhões referentes apenas ao reajuste dos funcionários da Justiça. Os dados são do governo federal.
Mas os deputados não apareceram para votar. Às 13h15, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), suspendeu a sessão para tentar reunir quórum. Os oposicionistas tentavam derrubar a votação a todo custo. O líder do DEM, Mendonça Filho, pediu o adiamento da sessão. ;Às 12h28, não tínhamos o quórum e peço que o senhor encerre a sessão;, afirmou. Renan não aceitou: ;Atingimos o quórum dentro do minuto;. ;O painel foi aberto com a minha determinação exatamente às 11h58 e no exato minuto, às 12h28, nós atingimos quórum, é dentro do minuto;, continuou o senador. Enquanto isso, governistas e funcionários da Secretaria-Geral da Mesa do Senado atuavam desde as 11h chamando os parlamentares para a sessão.
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